O mundo dos games é tão agitado quanto o mundo do cinema. O tempo todo existem lançamentos dando o que falar e sobretudo, elevando as expectativas dos jogadores. Hoje em dia, mesmo aqueles que não tem um console ou um computador próprio para jogo estão por dentro de tudo que acontece na indústria dos jogos eletrônicos.
Os jogos que possuem as populares ”campanhas” ou ”modo história” são verdadeiros filmes. Podemos citar como exemplo os jogos do Homem Aranha para Playstation, o próprio ”Resident Evil”. Muitas pessoas que não tem o hábito de jogar assistem gameplay no youtube, de grandes canais que fazem esse trabalho.
Existem também os jogadores que são mais criteriosos e não ligam para os spoilers. Primeiro assistem algum youtuber zerar o jogo, e só assim decide se comprará o jogo ou não. E dentro desses títulos que possuem um modo história, um dos mais famosos é o ”Assassin’s Creed”. A franquia possuem duas histórias e cronologias distintas, a que acontece fora do ”Animus” (a máquina que leva o personagem para dentro dos momentos históricos da humanidade), e aquela que acontece dentro do Animus, que é a parte principal do jogo.
Personagem histórico com desculpa para lacrar?
Contudo, um fator interessante vem levantando polêmicas depois do trailer do próximo game da franquia, o ”Assassin’s Creed: Shadows”. A história principal acontecerá na época do Japão feudal, mais precisamente no século XVI. O protagonista da franquia será Yasuke, uma figura real, de origem africana que viveu no Japão no período que o jogo se passa. Contudo, as informações sobre ele são precárias, o que pode ser benéfico para criação de um jogo a sua volta, mas também prejudicial pois pode conter armadilhas.
O grande problema é que Yasuke já foi retratado em diversas mídias como animes. Porém, todas essas obras trabalham com licença poética, justamente pela falta de informações sobre o personagem. O que irritou alguns jogadores do Japão é que a série de jogos que preza por manter um alto grau de fidelidade aos eventos históricos. Os gamers relatam que em outros títulos da franquia, os locais e as pessoas condiziam com as histórias e as culturas anfitriãs.
Depoimento de um ex funcionário da UBISOFT
Por fim, um ex funcionário da UBISOFT, estúdio que produz o game agitou o ”X”. Em resumo, ele relata que o estúdio descartou diversas das suas ideias para introduzir a franquia no Japão feudal, para focar em uma história progressista. Na rede social, esse funcionário é conhecido como @InfinitaleComic
“Trabalhei em alguns elementos narrativos da Era Sengoku do Japão para Assassin’s Creed em 2013-2014. Eu acho que eles jogaram tudo isso fora por causa do Samurai Negro e de alguma chefe Kunoichi destruidor de cânones? Estou tão feliz por não estar mais nesse setor. Acho que é justo que minhas contribuições para esses estúdios desapareçam como tudo o mais em que trabalhei.”
Em suma, ”Assassin’s Creed: Shadows” estreia em Novembro para PC, PS5, XBOX SERIES X E XBOX SERIES X. Confira o trailer abaixo:
