Mais uma obra que a cultura Woke quer destruir: The Office

A cultura Woke não para.
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The Office é uma série de comédia que surgiu no Reino Unido em 2001, criada por Ricky Gervais e Stephen Merchant. A série original, que se passa no ambiente de trabalho de uma empresa fictícia, rapidamente se destacou pelo seu humor constrangedor e estilo de filmagem em formato de documentário, o que acabou revolucionando a comédia na TV britânica.

Devido ao sucesso, The Office ganhou uma versão americana, que estreou em 2005. Liderada por Steve Carell no papel de Michael Scott, essa adaptação foi tão bem sucedida que superou a original, tanto em reconhecimento pelo público quanto financeiramente, sendo considerada até hoje uma das maiores sitcons já realizadas e um dos programas de comedia mais influentes.

Dito isso, The Office precisava de um novo remake? Pior ainda, precisava de um remake Woke?

As pessoas vão se fazer essa pergunta ao longo dos oito episódios de The Office (Austrália), que estreia no Prime Video dia 18 de outubro. Desde o anúncio do remake no ano passado, essa pergunta já está na mente de muitos. Os fãs de qualquer uma das versões (embora existam outros remakes, incluindo no Quebec, Chile e Arábia Saudita) são extremamente protetores com relação à série, o que significa que essa nova abordagem já enfrenta uma batalha difícil para conquistar seu público.

Existe um ditado sagaz, cuja fonte é impossível de encontrar online, que diz basicamente: “As pessoas que assistem The Office sempre perguntam ‘Você assiste The Office?’, e não ‘Você já assistiu The Office?’, porque elas literalmente estão sempre assistindo The Office”.

The Office, seja qual for a versão, tem significado para as pessoas.

A versão australiana se inspira mais na iteração americana do que na britânica. Michael Scott agora é Hannah Howard (interpretada por Felicity Ward), Dwight Schrute agora é Lizze (Edith Poor), Jim agora é Nick (Steen Raskopoulos) e Pam agora é Greta (Shari Sebbens).

Ou seja, apesar das dinâmicas serem semelhantes, existe uma inversão de gênero proposital nos personagens de Michael Scoot e Dwight Schrute que servem como justificativa para as novas “piadas” focadas em prol da diversidade e feminismo.

As séries anteriores de The Office moldaram o cenário da comédia para sempre: no Reino Unido, nada foi feito por meia década que não fosse “comédia constrangedora”, e a maioria dos homens heterossexuais com menos de 40 anos usa maneirismos linguísticos de Ricky Gervais; nos EUA, o formato abriu caminho para Parks and Recreation e, mais recentemente, Abbott Elementary.

Assistir à versão australiana é como se você tivesse tropeçado em um remake de universo alternativo que invadiu nossa linha do tempo. Na Terra-617, eles provavelmente estão adorando isso.

Você pode conferir o trailer, por sua conta e risco, no vídeo abaixo:

TEXTO POR: EDINOR JUNIOR

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