Desde 2003, os fãs de quadrinhos aprenderam que um excelente fan film pode superar megaproduções. Afinal, quem não lembra do impacto que “Batman: Dead End”, do Sandy Collora, teve na internet? O fan film era tudo o que os nerdolas da época queriam. Um Batman fiel aos quadrinhos, que numa perseguição ao Coringa acaba indo parar no meio de um confronto entre o Alien e o Predador, simplesmente o mais puro suco das HQs do Morcegão.
Esse nível de fidelidade visual e história mais fantasiosa só seriam vistos no cinema anos mais tarde, nos filmes do Snyder e na época de ouro da Marvel. Porém, infelizmente, a cultura woke vem buscando tomar de assalto a cultura pop, e o conceito de multiverso dos quadrinhos, que deveria ser usado para trazer novas visões criativas dos personagens, acabou virando uma desculpa para versões lacradoras e militantes.
”Logan: The Wolf” mostra o que os fãs querem
Mas eis que, novamente, um fan film surge para mostrar às grandes produtoras o que o nerdola realmente quer ver. “Logan: The Wolf” traz uma versão viking do Carcaju, em uma história simples, porém brutal, com uma coreografia de luta muito boa e sem pudor de matar, desmembrar e muito gore (o que é o mínimo esperado de um personagem que basicamente tem três lâminas em cada mão, certo?).
Dirigido por Godefroy Ryckewaert, que tem um background como artista marcial e coreógrafo de lutas, e que tem no seu currículo filmes como “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” e séries como “The Witcher”, “Logan: The Wolf” é um excelente exemplo de como o multiverso pode ser usado para trazer visões e versões diferentes dos personagens, mantendo as características que conquistaram fãs no mundo todo: entretenimento puro, livre de propaganda woke.
Se você ainda não viu, faça um favor a si mesmo: veja agora e se prepare para um final surpreendente, tal qual “Batman: Dead End”, deixando aquele gostinho de quero mais para os fãs.
E fica a dica dona Marvel… Não esperamos menos do que isso em Deadpool e Wolverine!
TEXTO: EDINOR JÚNIOR