Na última quinta-feira (16/01), a vencedora do Globo de Ouro, Fernanda Torres esteve no programa de Jimmy Kimmel, um dos maiores Talk shows dos Estados Unidos. A entrevista começou em um tom de bem humorado falando sobre como foi essa última semana.
“Foi como uma montanha-russa, cheia de altas e baixos” – Disse Fernanda, se referindo a vencer o prêmio e logo em seguida ter que sair correndo de Los Angeles por causa dos incêndios. A entrevista seguiu com Fernanda contando que por ter saído às pressas não conseguiu despachar o prêmio para o Brasil e agora fica carregando a estatueta para todos os lugares.
Ela disse que foi aconselhada a não colocar a estatueta na mala despachada, para evitar contratempos no aeroporto, mas que viveu uma situação engraçada quando embarcava para Nova York por causa disso. “Eu estava carregando o prêmio na minha bolsa indo para Nova York e o cara da TSA [Transportation Security Administration, agência que cuida da segurança dos aeroportos americanos] olhou e disse: ‘O que você tem aqui?’ e eu disse: ‘Bem, é um Globo de Ouro’. Ele disse: “posso ver que é um Globo de Ouro. Mas pelo que? Como você conseguiu isso?’ E eu disse: ‘Ganhei o prêmio de melhor atriz de drama’ e então ele me disse: ‘Parabéns. você pode ir’. E, para terminar, ele me disse ‘Eu trabalhei no ramo, mas tive que deixá-lo para minha sanidade’ e ele escolheu ser um cara da TSA”, narrou.
Jimmy Kimmel ainda lembrou o fato de que Fernanda Monte Negro concorreu ao mesmo prêmio em 1998 e Fernanda Torres aproveitou para exaltar a mãe: “Ela tem 95 anos e está trabalhando, fazendo teatro, cinema. Ela é uma grande estrela e trabalha mais que eu, ela tem mais energia que eu”.
Falando sobre o filme Fernanda disse que todo o sucesso do longa é graças à força de Eunice Paiva, personagem que interpreta na produção de Walter Salles. “Tudo o que está acontecendo com esse filme, até mesmo meu prêmio, acho que devemos a essa mulher incrível chamada Eunice Paiva, que perdeu o marido durante a Guerra Fria, porque a ditadura no Brasil fazia parte da Guerra Fria”, afirmou.
Para Torres, celebrar a trajetória de Eunice faz de “Ainda estou aqui” um filme feminista. “De certa forma, é um filme feminista, mas ela faz isso muito suavemente, de uma forma muito inteligente. Eunice é uma pessoa muito especial. Ela voltou para a faculdade aos 46 anos, com cinco crianças, se tornou advogada e defensora dos direitos humanos. Ela é uma ótima mulher”, disse Torres.
Por fim Fernanda Torres disse que “Gravei o programa da Kelly e do Mark esta manhã, em Nova York, mas peguei um voo de cinco horas para estar aqui, em Los Angeles, no seu programa, Jimmy. É a chance de uma vida!”.
Texto por: Edinor Junior