Desde as estreias de Oppenheimer e Barbie, as redes sociais, tem sido inundada de depoimentos, vídeos e desabafos sobre o que deveria ser uma boa descontração, mas tem decepcionado. O que mais tem chamado atenção e que essas reclamações não tem nada a ver com o filme e sim com as pessoas que se reúnem na sala para viver a experiência.
As reclamações são mais as diversas e inacreditáveis: telas rasgadas, imagem distorcidas, falta de ar condicionado, muita sujeira dentro do local, crianças correndo pela sala, chutando o encosto da cadeira, assistindo desenhos no celular sem fone, pessoas tirando fotos com flash, mandando áudios, atendendo ligações, narração das cenas, conversa paralela e já detectamos relatos mais chocantes como adultos fumando vape dentro da sala de cinema e levando para sessão comidas que deveriam ser consumidas apenas na praça de alimentação proporcionando a todos dentro da sala um mix de odores (frango frito com leve essência de Malbec).
Todas essas reclamações têm gerado uma discussão do que é ou não é aceitável em uma sala de cinema. Uma sessão como Divertidamente 2 (filme este com classificação livre) tem recebido diversas críticas pelo barulho excessivo, mas também defendido por algumas pessoas que dizem que o filme é PARA crianças e os adultos estariam invadindo o espaço delas, por este motivo elas podem se comportar como quiserem.
Abriu-se um leque de discussões sobre TDH, a presença de crianças de colo em seções barulhentas e assim por diante. Sejamos claros é inadmissível exigir um comportamento adulto por parte de crianças, elas são por natureza mais impacientes e empolgadas com certas situações, elas cantam, ficam de pé, não é razoável esperar o contrário. Porem precisamos ressaltar que as reclamações estão sendo direcionadas aos responsáveis por essas crianças, que na opinião dos que estão apontando esses incidentes, os Pais estão permitindo um comportamento de invasão e desrespeito ao espaço do outro.
Porém é importante ressaltar que liderando as reclamações dos amantes do cinema, estão adolescentes de 15 a 19 anos que ao que parece perderam ou simplesmente não possuem a menor noção de regras de convivência, entre os apontamentos estão: gravação de stories, sair do lugar em excesso, gritos e risadas exageradas e com clara intenção de chamar atenção, pés na poltrona (principalmente da frente) GUERRA DE COMIDA! E até mesmo spoilers.
Em segundo lugar, adultos na faixa de 25-40 que não conseguem “desplugar” de seus afazeres por cerca de 1:40 e quebram a imersão dos demais dentro da sala quando insistem em atender ligações, enviar áudios, atualizar redes sociais ou rolando tela durante a exibição do filme, sentar-se em lugares de outras pessoas, ou simplesmente chegando extremamente atrasados durante a sessão causando a interrupção do filme.
Com uma rápida pesquisa na internet e nas redes sociais, você encontra pessoas que só querem assistir um filme em paz, tentando encontrar a causa para o momento problemático que chegamos.
Dentre as soluções apontadas, clientes pedem sessões separadas para crianças de determinada faixa-etária, a volta dos “Lanterninhas”, funcionário responsável por guiar as pessoas até seus lugares com uma lanterna, este também fiscalizava a sessão e tinha autoridade para evitar qualquer tipo de barulho ou algazarra dentro das salas. E como medidas extremas os clientes sugerem a expulsão de clientes problemáticos da sessão (mediante a devolução do valor do ingresso) também a proibição da entrada de pessoas atrasadas depois do início do filme.
O que é unânime entre os comentários é a conclusão de que R$ 64,00 (ingresso) + 20,00 (estacionamento) + 49,90 (balde pipoca) é um valor considerável pago para receber em troca, desrespeito, incômodo e uma péssima experiência. Com todo esse transtorno cresce a quantidade de pessoas levantando a ideia óbvia: VOU ESPERAR A ESTREIA NO STREAMING. A solução para outros é recorrer a sessões legendadas, pois alegam que pessoas dadas a causar algum transtorno evitam essas sessões, infelizmente mesmo estes estão esbarrando em mais um obstáculo, a falta de oferta de sessões legendadas. Alguns comentam que precisam se deslocar para um Shopping fora de sua localização para encontrar apenas 1 sessão legendada em exibição.
Não sabemos se ainda há tempo de reverter o cenário que nos encontramos, mas é inegável que o público tem direito de exigir qualidade e excelência por aquilo que ele paga. É importante que os clientes não baixem suas expectativas, a experiência cinematográfica não pode ser nivelada por baixo, é preciso fazer barulho e externar o desapontamento não apenas em redes sociais, mas nos canais oficiais das empresas responsáveis pela exibição das obras.
Você já teve alguma experiencia negativa durante a sessão?
TEXTO POR: KEILA MELO