O CEO da Sony Pictures, Tony Vinciquerra, culpou a reação crítica a filmes como Kraven, o Caçador e Madame Teia pelo desempenho ruim nas bilheteiras. Vinciquerra afirmou que a franquia passará por uma grande reformulação após o fracasso de Kraven. Em uma entrevista ao Los Angeles Times, o CEO disse que Kraven foi “provavelmente o pior lançamento que tivemos” em seus quase oito anos à frente do estúdio. “Eu ainda não entendo”, ele acrescentou. “Porque o filme não é um filme ruim.” A crítica e a audiência, no entanto, tiveram uma opinião bem diferente, com o filme recebendo apenas 11% e 55% de aprovação respectivamente no Rotten Tomatoes.
Sobre Madame Teia, Vinciquerra também disse que o filme não teve bom desempenho nos cinemas devido à dura crítica da imprensa. Segundo ele: “Madame Web teve um desempenho abaixo do esperado nos cinemas porque a imprensa simplesmente o crucificou. Não foi um filme ruim, e foi ótimo na Netflix. Por algum motivo, a imprensa decidiu que não queria que fizéssemos esses filmes de Kraven e Madame Web, e os críticos simplesmente os destruíram. Eles também fizeram isso com Venom, mas o público amou Venom e fez de Venom um grande sucesso. Esses não são filmes terríveis. Eles foram apenas destruídos pelos críticos da imprensa, por algum motivo.”
Apesar da opinião de Vinciquerra, a crítica não parece compartilhar do mesmo ponto de vista, sugerindo que talvez os filmes realmente não agradaram tanto ao público e à crítica porque “não são tão bons”. Embora o CEO tenha se mostrado resistente a admitir essa possibilidade, alguns insiders da Sony afirmam que o estúdio será mais seletivo ao escolher quais personagens do universo do Homem-Aranha devem ganhar franquias próprias no futuro.
Vinciquerra também declarou que qualquer nova tentativa de lançar um filme dentro do “Sonyverso” será criticada, independentemente da qualidade do filme, o que ele chama de “maldição” do universo. O futuro dos filmes baseados em personagens do Homem-Aranha parece incerto, com a Sony planejando ser mais cuidadosa nas escolhas de seus próximos passos no cinema.
Texto por: Edinor Junior
