O’Keefe Media Group lançou uma bomba:Uma conversa secreta com o advogado Michael Giordano, Vice-Presidente Sênior e Líder de Equipe da 20th Television, The Walt Disney Company. Nessa conversa ele revela que a Disney não apenas tem um viés contra a contratação de homens brancos para alguns papéis, mas que a empresa está absolutamente aberta para esse tipo de viés.
“Certamente houve momentos em que, você sabe, não tinha como contratar um homem branco para isso.”
“É algo meio implícito?” pergunta a repórter disfarçada do OMG. Ela conheceu Giordano no aplicativo de namoro Hinge.
“Há momentos em que isso é dito,” disse Giordano. E ele admitiu que seria dito de forma direta, “não há como contratar um homem branco para esse papel.” Ele disse ainda que “são muito cuidadosos em como transmitir essa mensagem aos agentes.”
A reação contra atores homens brancos em Hollywood entre os estúdios progressistas, como a Disney, não é segredo para os insiders da indústria e atores que têm dificuldade em encontrar trabalho devido à sua raça e sexo, mas raramente é expressada de forma tão flagrante.
Ele disse a repórter disfarçada do OMG que, em muitos casos, o viés em favor de “elencos diversos” está à vista.
”Acho que certamente há uma crença de que isso é bom para a sociedade e eles sabem. Mas também há a crença de que vamos ganhar mais dinheiro se apelarmos para uma variedade maior de pessoas. a diversidade ajuda”
Esse ”a diversidade ajuda” é em referente a incentivos financeiros para a empresa.
Giordano falou sobre sua situação trabalhando para a Disney enquanto sendo um homem branco, dizendo
”Acho que estou bem preparado para isso. Estou bem posicionado para isso. Mas no que diz respeito à Disney, sou um homem branco, e não é quem eles estão procurando promover no momento.”
Portanto, entende-se que nem Giordano esteve imune desse viés.
“Estou na empresa há 11 anos, então tenho amigos no RH e tenho amigos nessas divisões,”
Giordano revelou que esses amigos lhe dizem abertamente quando surge uma vaga que não vão considerar homens brancos para o trabalho. Ele continua afirmando que a Disney definiu, inclusive para cargos internos, que a promoção por raça era a melhor forma de trabalhar, não é algo somente para elenco das produções.
“Eles não vão considerar homens brancos para esse trabalho.“
Giordano diz que seu departamento queria contratar uma pessoa que era metade negra, metade branca, “há alguns anos”. Mas que como ele não “parecia ser metade negro” não ganhou a vaga
“E havia um executivo criativo que dizia ‘não vamos, tipo, isso não é o que queremos’.
Giordano comentou que queriam uma pessoa que apresentasse uma ”certa forma” nas reuniões, e ele não iria trazer o que buscavam. Giordano admitiu a repórter que, em algum momento, haverá um processo judicial sobre a discriminação praticada abertamente pela 20th Television e Disney.
“É assim que parece.”
Ele continuou dizendo que a Disney usa uma espécie de códigos e palavras para transmitir a contratação a sua ideia, sem se expor.
”Estou supondo,que há palavras-código e palavras-chave aceitáveis usadas para explicar o que eles estão procurando. Eles podem dizer algo como ‘Não estamos procurando as pessoas de sempre para esse trabalho. não é realmente uma coisa legalmente acionável. Mas todos sabem o que significa.”
Disney busca escritores e atores que tragam diversidade
Michael Giordano entrou também no campo dos profissionais envolvidos diretamente nas produções audiovisuais da companhia. Segundo ele, a Disney usa o mesmo jogo de palavras para transmitir sua política ideológica na contratação de atores e diretores. Segundo ele, os profissionais estão sempre ouvindo:
“Estou procurando contratar escritores e atores que tragam diversidade.”
Todavia, ao longo dos anos na indústria do entretenimento, muitos escritores e atores ouviram que não são colaboradores desejáveis simplesmente porque sua pele é muito clara, seu sexo muito masculino.
Mas, de onde vêm esses padrões? Giordano explicou que os padrões são definidos pelo departamento de Diversidade, Equidade e Inclusão, que está “muito envolvido na definição de padrões para garantir que os programas tenham diversidade.”
Ele atribuiu as origens disso ao chefe da Disney, Bob Iger, dizendo que Iger pressiona pela diversidade nos programas, incluindo programas infantis. Parte dessa diversidade é garantir que cerca de 30% dos escritores nesses programas sejam gays. Giordano supõe que eles naturalmente tendem mais em direção a enredos e personagens LGBTQ, etc.
Esta entrevista faz parte das Disney Tapes do OMG e é apenas a primeira parte de sua série sobre contratação diversa, discriminação e políticas progressistas na Disney.
A Disney teve sua cota de tumulto nos últimos anos. Eles entraram em guerra com o governador da Flórida, Ron DeSantis, e perderam. Tiveram inúmeros fracassos de bilheteria, e à medida que os pais se conscientizaram da mensagem progressista sobre raça e transgêneros nos programas infantis, os números de audiência diminuíram.
Os acionistas até se revoltaram contra isso, dizendo que a empresa falhou em sua responsabilidade fiduciária para com os acionistas.
Em suma,após a divulgação do relatório, Giordano deletou seu perfil no LinkedIn, que estava no relatório do OMG. Por fim, na próxima semana, o OMG planeja lançar a parte 2 das Disney Tapes.
O que será que vem por aí?
TEXTO POR: EDINOR JUNIOR
