Mais um dia mais um polêmico comentário de pessoas querendo “lacrar”, dessa vez foi o ator John Turturro que se recusou a reprisar seu papel como o mafioso Carmine Falcone em “O Pinguim” porque o programa apresentava “violência contra mulheres”.
O ator estrelou em “The Batman” de Matt Reeves como Falcone, uma figura poderosa no submundo do crime de Gotham, que é morto pelo Charada (Paul Dano) por estar fortemente envolvido com a corrupção institucional na cidade.
“O Pinguim” se passa logo após o filme, mas apresenta flashbacks envolvendo uma versão mais jovem de Falcone, interpretado por Mark Strong.
Turturro disse à Variety que escolheu não voltar ao papel por causa da violência contra mulheres na série da HBO.
“Fiz o que queria com o papel. No programa, havia muita violência contra mulheres, e isso não é para mim”
Turturro também comentou sobre a violência de seu personagem em “The Batman”, dizendo:
“Isso acontece fora da tela. É mais assustador desse jeito.”
No filme, Selina Kyle (Zoe Kravitz) descobre que Falcone (que é seu pai) assassinou sua mãe e sua amiga, Annika (Hana Hrzic). Perto do final do filme, o gangster tenta matar brutalmente Kyle com um taco de bilhar, mas Batman (Robert Pattinson) o impede.
Infelizmente parece que Turturro esqueceu essa cena que filmou e foi para o cinema.
A showrunner de “O Pinguim”, Lauren LeFranc, respondeu aos comentários de Turturro ao falar com o The Wrap.
Ela disse:
“Eu respeito completamente um ator que não quer assumir um papel por quaisquer razões pessoais. Só quero pessoas que estejam empolgadas e queiram levar adiante a história que estamos tentando contar. Acho que Mark Strong fez um trabalho fantástico. Ele fez o personagem ser seu e também honrou o que John Turturro fez.”
LeFranc acrescentou:
“Acho que já está estabelecido, e Matt [Reeves] e eu concordamos nisso, que Carmine é um homem muito violento e tem uma tendência violenta contra mulheres.”
Para que Turturro, assim como muitos em Hollywood, se esquecem que vilões fazem coisas ruins.
A cultura woke tem se esforçado para humanizar vilões, mas acaba se esquecendo de que vilões, por definição, são aqueles que cometem atos vis e cruéis. Enquanto a profundidade emocional e a complexidade dos personagens podem ser interessantes, essa tendência de tornar vilões “mais compreensíveis” dilui o papel crucial que eles desempenham nas histórias: serem os agentes do mal que precisam ser enfrentados. Quando tentam justificar suas ações ou torná-los simpáticos, perde-se a força do antagonismo que equilibra o confronto moral, criando um vilão que, em vez de ser temido, passa a ser desculpado.
TEXTO POR: EDINOR JUNIOR