Entrevista – O Dragão de Rozan

Confira o que rolou nesse bate papo.
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Fizemos uma entrevista exclusiva com o diretor Nando que alem de ser Publicitário, Músico e Cineasta, também é Diretor da Raciocinando Filmes, produtora de cinema independente. Nando é apaixonado pela cultura Nerd/Geek, sendo conhecido por projetos como “A Lenda de Fênix (2018)”, um fan filme de Cavaleiros do Zodíaco com repercussão internacional, “Clowns (2019)” curta-metragem com diversas seleções e prêmios internacionais, “Doug na Vida Adulta (2021)” longa-metragem em homenagem aos 30 anos de criação da série original, e agora está realizando a produção do próximo projeto de Saint Seiya: “O Dragão de Rozan”, um filme focado no personagem Shiryu de Dragão, em parceria com a Action Kung Fu.

Você pode ver o trailer logo abaixo e acompanhar a entrevista na sequência:

Linhagem Geek: Em 2018 você já havia feito um filme sobre o Ikki, que repercutiu muito bem, e agora está vindo com um novo curta focado no Shiryu, como surgiu essa ideia de fazer filmes individuais dos cavaleiros? Pelo que vi seu personagem preferido é o Shiryu certo? Mas seu primeiro filme foi focado no Ikki, qual foi o motivo?

Nando: Na verdade, o intuito inicial não era fazer um filme de cada um dos protagonistas. Eu decidi iniciar pelo Ikki, devido sua história e background. Ele tem uma carga dramática muito pesada, lá em sua origem com o Mestre Guilty e a Esmeralda. E eu sabia que tinha muito potencial na questão do roteiro a ser trabalhado. Sem contar que o Fênix é um dos favoritos entre os fãs, ele sempre faz aquelas entradas triunfais. Então eu logo pensei… E se a gente abordar um lado que ninguém nunca viu, talvez uma outra possibilidade que abriria a mente dos fãs? Foi aí que eu tive a ideia do primeiro projeto, criar um roteiro que se baseie na história do anime, mas aproveitando os ganchos deixados pela própria série. Então tanto no Dragão de Rozan, quanto na Lenda de Fênix, eu uso parte da história feita para a série, mas também crio personagens novos e faço essas conexões, com referências e easter eggs para os fãs.

Linhagem Geek: Pelo trailer e as informações divulgadas deu para ver que vocês estão tendo muito cuidado com as cenas de ação e com a replicação da armadura de ouro, conta um pouco sobre como tem sido esse processo todo.

Nando: Olha, pra ser sincero eu tive bastante dificuldade na execução do primeiro curta (A Lenda de Fênix). Eu era o ator protagonista e junto com outro amigo, nós sabíamos lutar. Eu já fiz Boxe, Muai Thay, Kung Fu, etc… Mas uma coisa é lutar no ringue e no tatame, outra coisa é fazer cenas de ação para um filme! Teve alguns momentos que a gente estava “saindo na porrada” nas gravações, eu fiquei até com alguns roxos no braço rs. Desde então, eu percebi que precisava da orientação de um profissional. Foi aí que busquei ajuda do Gutemberg Lins, um dos especialistas no ramo aqui no Brasil, idealizador da Action Kung Fu. Ele me recebeu na sua academia e topou iniciar esta parceria com a Raciocinando Filmes. Hoje nós somos amigos e estamos com vários projetos em co-produção. Então, esta questão física é bem importante pra gente, tanto nas cenas de luta, quanto na reprodução dos golpes dos personagens ou mesmo no “shape”. Tivemos um preparador físico que auxiliou o Ralph Tung (Ator que vive o Shiryu no filme) a se preparar fisicamente para o projeto.
Quanto ao fator de trazer uma armadura para um live action, em primeiro lugar, eu fiz questão de colocar a Armadura de Libra no filme, pois além de Dohko ser meu cavaleiro de ouro favorito, esta é uma das mais especiais por ter o diferencial das 12 armas que podem ser utilizadas em batalha, isso sempre me deixou fascinado. Ou seja, os cavaleiros eram proibidos de utilizar armas, somente quando Athena ou o Cavaleiro de Libra permitissem, usariam deste recurso, pois ele é a balança que guia os demais cavaleiros em batalha. Só isso já seria um ponto importante a ser discutido. E fazer isso no cinema, em live action, realmente é um desafio! No primeiro projeto da Lenda de Fênix, eu não tinha os recursos, conhecimentos, nem as pessoas que eu gostaria para conseguir colocar isto em prática. Foi somente após muitas batalhas e desafios, que me conectei com as pessoas certas, como o Gabriel da ForjaComic que mergulhou de cabeça no desafio de trazer esta armadura à vida. E foi mais de 1 ano pra conseguir fazer isso. Eu mesmo, coloquei a mão na massa, ajudei a lixar as peças, e até a luva da armadura fui eu que fiz.

Linhagem Geek: Um filme não se faz sozinho certo? Poderia falar um pouco sobre a equipe e os efeitos especiais envolvidos no Dragão de Rozan?

Nando: Exatamente, perfeita esta observação! Tanto na “Lenda de Fênix”, quanto no “Doug na Vida Adulta”, eu acabei acumulando múltiplas funções. Isto é normal quando a gente se identifica muito com o projeto e quer que saia do jeito que está em nossa cabeça. Mas cinema não se faz sozinho! Mesmo que eu seja Roteirista, Diretor, Produtor Executivo e Ator Protagonista (e isso já aconteceu diversas vezes rs), isso só foi possível por ter uma equipe muito dedicada e qualificada ao meu lado. Desde a pré-produção, com a criação de figurinos, visitas de locação, ensaios de coreografia de luta, leitura de roteiro, testes de câmera, etc, até as filmagens com equipe completa ou mesmo na pós-produção que envolve efeitos especiais, trilha sonora, dublagem, dentre outros, é fundamental ter pessoas que entendam e abracem o projeto. O Gustavo Dezen é “o cara” dos efeitos, já fez diversos filmes que estão na Netflix, como o filme do Danilo Gentilli (Exterminadores do Além vs Loira do Banheiro). E nós começamos juntos trabalhando numa agência de publicidade 10 anos atrás. É legal ver como a galera da minha cidade (Mogi das Cruzes/SP) vem crescendo tanto individualmente, quanto coletivamente, e hoje podemos ajudar a fomentar cada vez mais, a arte e cultura em nossa região.

Linhagem Geek: Sabemos que no Brasil as coisas sempre são mais complicadas e caras, fazer um filme desse porte, com esse cuidado todo, com certeza não está sendo fácil, posto isso, qual tem sido ou foi a maior dificuldade na produção?

Nando: DINHEIRO! Rsrs. Este sempre é o maior problema quando se fala em produzir arte e cultura no Brasil. É até uma questão de autocrítica. O artista é muito bom em fazer a sua arte, mas é difícil conseguir levantar a verba para executar os projetos e tirá-los do papel. Justamente por isso, muitas das vezes, quem consegue são sempre os mesmos. Estamos em constante aprendizado e evolução, e este é um dos pontos que eu venho tentando focar, principalmente na questão de levantar recursos para desenvolver os projetos, então tenho estudado muito a elaboração de projetos para editais culturais em vários âmbitos, seja em municipal, estadual, ou mesmo federal. Muita coisa neste filme saiu do meu bolso, e de vários outros projetos, mas eu não vejo apenas como sonho, e sim, parte do trabalho como um todo. É um investimento para a vida, um legado que eu deixo para os fãs. Eu estou apenas executando aquilo que eu gostaria de ver nas telas do cinema, de fã para fã.

Linhagem Geek: Vocês tem algum incentivo fiscal ou benefício do governo para tirar a ideia do papel?

Nando: Nós conseguimos aprovar “O Dragão de Rozan” numa lei de incentivo da minha cidade, que é a LIC: Lei de Incentivo à Cultura. Mas cara, quem trampo, viu… Pra explicar melhor, esta lei não nos disponibiliza a verba “direto”. Nós conseguimos fazer com que a empresa posa abater até 20% do que seria pago de imposto à prefeitura da cidade. Então a empresa que apoia paga o imposto do mesmo jeito, mas quem deixa de receber é a prefeitura, e o aporte é feito para o projeto cultural em questão. Mas pra você ter uma ideia, pra conseguir UM patrocinador, eu tive que conversar com mais de 50 empresas da cidade, entre e-mails, ligações, mensagens no linkedin e whatsapp. Utilizei toda uma técnica de abordagem de prospecção para chegar nas empresas, então é algo realmente difícil para um artista conseguir, tem que ter muitos contatos ou muita perseverança. Mas assim, pelo menos já é um caminho, uma possibilidade. E fora esta, tem outras leis de incentivo direto, onde você inscreve o projeto para um edital, e caso aprovado, o dinheiro cai na conta. É importante explicar para o pessoal que vê de fora como funciona: se o projeto é um curta-metragem de R$100.000,00 não quer dizer que vai cair 100 mil na minha conta e na semana seguinte estou com carro novo, etc. Muito pelo contrário, a prestação de contas destes projetos é algo muito sério, é a remuneração de toda uma equipe criativa que envolve equipe de produção, confecção de figurinos, gastos de deslocamento, alimentação, cachê dos colaboradores, efeitos visuais, etc. Todos que estão comigo nos projetos hoje, já trabalham exclusivamente com audiovisual, é o sustento da casa deles, então não dá pra “brincar de fazer filme”, isto é um trabalho sério pra gente. Por isso, mesmo sendo um fan filme de produção independente, estamos buscando fazer da forma mais profissional possível.

Por ser um fan film eu acredito que vocês não podem comercializar, mas, existem tem planos de apresentar para a Toei Animation ou de usar esse material no intuito de abrir portas para outros projetos?

Nando: Não iremos comercializar, mas isso não impede que a gente faça contatos de network. Este projeto é feito para os fãs, e acredito que tudo o que querem é: ser ouvidos! Quem sabe a gente pode criar um burburinho pra fazer chegar na Toei? Nosso foco principal é criar um material novo, com a nossa visão, mas respeitando tudo o que foi feito para a obra clássica, incluindo a dublagem, trilha sonora, roteiro e narrativa, mas acrescentando os efeitos visuais para os golpes e a luta corporal, algo que não tinha em CDZ, mas que adaptamos para o filme.

Você tem planos ou desejo de fazer futuros filmes com foco nos demais cavaleiros de bronze?

Nando: Olha, foram 6 anos desde “A Lenda de Fênix” para conseguir chegar até aqui e tirar “O Dragão de Rozan” do papel. Eu não minto que na minha gaveta secreta, no meu escritório, talvez eu tenha alguns roteiros escondidos rsrs. Mas tudo depende de como vai ser a repercussão do Dragão entre os fãs e o público em geral. É que dá muito trabalho, mas se eu tivesse apoio e orçamento, com certeza daria pra criar algo bem legal para cada um dos “bronzeboys”.

Me conta um pouco como surgiu essa paixão por CDZ, você acompanhou pela Manchete ou conheceu depois por meio de reprises?

Nando: Sim, eu vi primeiro na Manchete, nos anos 90. Mesmo sendo bem pequeno, lembro até hoje da abertura que marcou muito, com o Will e a Larissa. Até hoje eu tenho o LP Clássico de 95 que minha mãe me deu. Mas a fase que mais me marcou, foi com a abertura do Pegasus Fantasy do Edu Falaschi, que assisti na Band, apresentado pela Kelly Key, no início dos anos 2000. Foi ali que fiquei ainda mais viciado na série, assisti todos os episódios sem falta. É engraçado comentar, que hoje em dia a garotada tem tudo de fácil acesso pra assistir, seja no streaming ou com uma rápida busca em sites na internet. Mas naquela época, a gente tinha que copiar o VHS da TV pra reassistir, ou mesmo, sentar no sofá e esperar o horário para poder ver o desenho que a gente gostava. Parece tão óbvio e natural pra gente, mas a molecada de hoje não faz ideia do que é isso, mudou muita coisa num período tão curto, por isso que CDZ traz essa nostalgia tão grande pra nós, foram tempos de ouro!

Além de Cavaleiros, que outros animes você curte ou tem vontade de realizar um filme?

Nando: Ah eu curto muito alguns animes clássicos como Yu Yu Hakuso, Dragon Ball Z, Pokémon, Digimon e vários outros que passaram na TV Manchete e na TV Globinho (saudades….) Mas o SBT também trouxe uma fase muito boa com o Bom Dia e Cia, tendo Super Choque, Liga da Justiça Sem Limites, X-Men Evolution, dentre outros. E eu sou muito fã de Marvel e DC também. Agora… Pra fazer um fan filme live action de alguma dessas obras, tem que ter coragem! Eu fiz o longa do Doug Funnie: “Doug na Vida Adulta”, foi uma forma de homenagear um desses desenhos que marcou a minha infância, e ele trazia uma mensagem muito positiva também. Acredito que se fosse fazer outro, teria que ser entre dois extremos, ou algo simples com menos efeito, mas uma mensagem marcante (como foi no Doug), ou algo bem épico e desafiador. Eu tenho algumas ideias, mas prefiro deixar para um outro momento no futuro, quem sabe rs.

Bora entrar em polemicas? O que achou do filme Live Action de Cavaleiros do Zodíaco?

Nando: Bela polêmica essa hein! Vocês querem me complicar aqui haha. Bom, eu realmente não gostei muito da experiência cinematográfica como um todo. Pra ser sincero, eu tava meio “zicado” no dia que fui no cinema assistir. O filme me deixou frustrado e na volta para casa, já era mais de meia noite e não consegui chamar uber, então tive que voltar a pé e estava chovendo. Sem contar que o Shopping estava fechado e eu tive que pular a grade para sair, acho que devem ter esquecido que estava rolando esta sessão, só tinha eu e mais 2 pessoas na sala de cinema (E isso que foi na estreia hein). Então, eu digo que não foi uma boa experiência! Até hoje ainda não revi o filme, mas pelo que lembro, ele possui vários problemas de roteiro (tecnicamente falando). Sem contar que se basearam muito na animação da Netflix para várias coisas, como dar força para uma vilã que não existe (Gurad). Eu mesmo, teria várias soluções para este filme. Até achei legal colocar apenas o Seiya como protagonista, daria facilmente para criar uma jornada do Herói e ter o Ikki como Vilão. Mas aquele NERO não dá né? Enfim, acredito que teve algumas ideias boas, mas robôs, armaduras tecnológicas e personagens inventados sem motivação, não combinam com CDZ. Talvez tenha faltado um pouco mais de imersão e conhecer a obra original. Não precisa necessariamente ser fã, para fazer um projeto decente, apenas um pouco de estudo e dedicação. A fotografia e a luta, por exemplo, foram pontos muito positivos do projeto. E os efeitos também estão legais. O problema está sempre na Produção, eles querem alcançar um público novo, mas quem sempre está lá, comprando DVD, bonequinho, assinando pacote de streaming, indo nos eventos, são os tiozões com mais de 30/40 anos. Então o mínimo que podem fazer, é um projeto que agrade o público fiel de Saint Seiya!

Pergunta clássica de fãs de CDZ: Na sua opinião quem é o mais poderoso dos cavaleiros de bronze e por quê?

O mais poderoso com certeza é o Ikki, ele é o mais apelão e um dos mais queridos da série! O meu favorito é o Shiryu, mas eu sei admitir a derrota. Algo que me marcou muito, foi a luta nas 12 Casas entre Shaka vs Ikki, aquilo foi emblemático.
Shiryu é o mais sábio, mas sempre fica cego. Seiya sempre ganha, mas com o poder do roteiro. Shun não quer lutar, mas tem quem diga que ele possui o maior cosmo. E o Hyoga, coitado, só chora pela mãe. Então no final das contas, Ikki é o mais poderoso mesmo.

E dos cavaleiros de ouro, qual o cavaleiro preferido?

O meu cavaleiro de ouro preferido é o Dohko de Libra. Desde que vi a saga clássica e o Shiryu chega na casa de Libra pra salvar o Hyoga do Esquife de Gelo, usando a espada de libra, eu lembro do suspense que foi, ao descobrir que aquele velhinho, o Mestre Ancião, era um cavaleiro de ouro. Quando tinha os bonequinhos de metal dos anos 90, o de Libra era o único que não tinha rosto, mas tinha uma baita armadura e as “armas secretas”. Isso sempre me fascinou. Então eu cresci, e aos 16 anos, a primeira coisa que fiz com o meu primeiro salário, foi comprar o Cloth Myth de Libra. Foi caro, mas valeu à pena! Inclusive, eu guardo com carinho até hoje no meu cenário, que está na casa dos meus pais. E agora, sinto como a realização de um sonho, poder fazer um filme focado no meu personagem favorito, que é o Shiryu, junto de seu mestre, o meu cavaleiro de ouro predileto: Dohko de Libra!

Você tem planos de fazer algum filme focado neles?

Por enquanto não… Mas seria bem legal um filme do único cavaleiro brasileiro né? Aldebaran de Touro no Brasil? Acho que daria um bom roteiro.

Para encerrar, poderia contar mais sobre onde e quando o filme estará disponível e como os fãs podem te ajudar nessa jornada?

O lançamento provavelmente acontecerá no início de 2025, ainda sem uma data exata. Parte da jornada em que estamos agora, é a Pós-Produção. Isto inclui, os efeitos visuais, sonorização, gravação de trilha sonora, dublagem, color grading e muito mais… Pra ser sincero, não sei se o pessoal chegou a ver, mas nós lançamos uma vaquinha coletiva no Catarse. Não arrecadamos nem mesmo 1% do valor que pedimos, então por isso eu busquei recursos através de leis de incentivo e outros meios. Mas não temos o valor em mãos ainda. Eu até pensei em abrir outra vaquinha pra ter a colaboração da galera, então o que precisamos agora, é de todo apoio possível na divulgação do projeto. Seja comentando, curtindo, ou mesmo, enviando para outros influenciadores e fazendo chegar no maior número possível de pessoas. Então o importante mesmo, é seguir no Instagram: @odragaoderozan e se inscrever no canal do YouTube: youtube.com/@raciocinando para acompanhar as novidades do filme.

Abaixo você encontra os links para os projetos do Nando e da Raciocinando Filmes:

Curta dos Cavaleiros do Zodíaco com foco no Ikki de Fênix e repercussão internacional.

Clowns (2019)
Curta de Terror, vencedor de vários prêmios e seleções internacionais.

Doug na Vida Adulta (2021)
Longa-Metragem em homenagem aos 30 anos da série do Doug Funnie.

A Paixão de Cristo (2023)
Longa-Metragem contando a história do maior herói de todos os tempos, através da produção independente.

TEXTO POR: EDINOR JUNIOR

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